performance art



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placa+cítara+forma+luva+glitter+cítara+pincel+gouache+colar+máscara+pazinha

Isto é um bunker. Uma barricada que se expande e se desmonta. Em cacos, como estão nossos corpos, se refazem juntas. Um emaranhado de lógicas de criação que se encontram aqui, nesta barricada. A guerra interna é acidental, se renova, explora novas cartografias debaixo do lodo do Atlântico, movendo entre estruturas arcaicas novas tecnologias do corpo, novos naufrágios, o encontro de símbolos antigos com novas informações permeadas pela arte contemporânea.
Atravessando a era da eterna dúvida, de olhos bem abertos no escuro, de olhos bem abertos para assimilar este atentado fracassado. 621 toneladas de cargas de laranja afundaram na Baía de Angra. Isocronicamente, a metralhadora é inventada. As tentativas de mediação entre os trabalhos de Peso Expandido n. 01 encaram a exposição como uma série de acontecimentos a ocuparem a Casa Selvática numa miscelânea entre tecnologia, crença, identidade, hibridismo, multiplicidade, gambiarra, magia e intuição.
Das perspectivas históricas deslocadas através dos trabalhos podemos apontar práticas, conceitos, poéticas e materiais que, aproximados contextualmente, abordam a ética da precariedade infiltrando nos jogos de poder suas novas possibilidades de existência, no que nomeamos redesign de símbolos do poder. Uma farsa, uma burla, uma forja - solo hay que mostrarse como.

Peso Expandido / Táticas Móveis em Arte Contemporânea - Casa Selvática, Curitiba / BR

registro Matheus Henrique
texto Leo Bardo e Matheus Henrique

2019